A beleza não elimina a tragédia, mas a torna suportável.

sábado, 5 de novembro de 2011

Transformando palavra em sentimento...

Eu gosto do texto escrito sob a vertente da paixão, por mais que esteja disfarçado de outro sentimento ou contexto. Gosto do segredo que a figura de linguagem esconde, insinua e enfeitiça, mais até pela sutileza do que pela própria revelação.
  Me cativa a expressão facial, a entrega, o envolvimento com o próprio coração. Tiro certo de quem finge não ser esta a intenção. Imagino que a contradição de se mostrar ou não, exige certa dose de paixão e ela vem velada por belas palavras, rimas e comparações.
  O escritor em questão é intenso e sabe esconder os próprios anseios, os reveste de ingenuidade, porem podemos notar na intensidade de suas emoções um ser inundado de sedução disfarçado de calmaria e contemplação. Às vezes tão inocente que nos passa despercebido a verdadeira razão de tamanha dedicação.
 Difícil não se apaixonar pelas palavras inspiradoras, pelas emoções e sentimentos tão bem escritos.
O silencio poético que emprega, me deixa confusa e cheia de indagações. Os trejeitos são de uma presa experimentando a liberdade em todas as suas versões, realmente é um ator em plena encenação! Admiro o ritmo acelerado do olhar, do sorriso, da fala, do amor.
 A intenção claramente escondida de justificar amores mal resolvidos e  decepções segue um caminho tortuoso e complicado, que só os gênios são capazes de lidar. A mim cabe apenas a capacidade de admirar, amar, desejar.
 Exalando tanto amor e escondendo tantos desejos o poeta é frágil e indefeso apesar dos disfarces. Acima de qualquer pergunta o que sobressai é a beleza, a inspiração, a sutileza dos versos e rimas que faz de nós pessoas cheias de amor, amor este que transcende a “calma!”

Raquel Fernandes

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