A beleza não elimina a tragédia, mas a torna suportável.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

E a vida continua...


Será que é só comigo esse negocio que aperta o peito, que esfria a coluna dorsal e me deixa melancólica, pensativa, emotiva, frustrada? Doença? Acho que sim, doença da alma: Perda da Identidade.
As perguntas são muitas, as respostas nem sempre são as que pedem nosso coração. quem sou? Quem fui? O que eu tenho? Pra onde vou? Quem me ama? Eu amo?E a minha vida? O que faço?
Não pensei que isso pudesse acontecer com tamanha intensidade. São avalanches de sentimentos. Todos questionadores. Inquisidores. Testando minha calma. Apavorando minha alma. Sinto falta de novas sensações, novas provocações. São metas, sonhos, objetivos, expectativas. É o desejo de novos ares, horizontes ainda não avistados.
Preciso de algo que norteie o meu rumo e me encha de esperança. É a dúvida que assola. A verdade que espreita. É a nossa existência denunciando a rotina que primeiro nos conforta, nos dá segurança, onde descansamos das lutas anteriores e acreditamos na promessa do eterno. Depois vêm as insatisfações, as falhas, os arrependimentos. Somos feitos de desafios, objetivos, lutas, derrotas, vencidos e vencedores.
Nossa existência só tem sentido quando defendemos  uma causa, quando apresentamos um projeto e “brigamos” todos os dias pela sua realização.
 Descobri que a motivação está no objetivo a alcançar.  Sonho realizado é sonho passado. O que me move são os desafios, é a busca, a consagração. Passado este momento quero me jogar, pegar outra estrada e recomeçar a caminhada.
A insatisfação grita dentro de mim, acreditei que realizando objetivos estaria completa,  acreditei nesse mundo colorido que me foi apresentado e deixei o dia a dia jogar os meus sonhos, meus desejos, pra baixo do tapete. Troquei a luta e a busca pela comodidade. Pelo sossego e pela calma.
 Se é tarde ou não pra acordar e recomeçar não sei, depois de tantos anos de alienação, submissão, retirar as rédeas, cortar os laços tem suas implicações. É a razão jogando contra a emoção, e nas coisas do coração tomar atitude, decisão que envolva outras pessoas requer cuidado e responsabilidade, não pode ser em vão. 
Raquel Fernandes.

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