A beleza não elimina a tragédia, mas a torna suportável.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Falando Sério

Meninas, quando estive na minha ginecologista a semana passada para exames anuais rotineiros, fiquei surpresa (boquiaberta mesmo), com a quantidade de pacientes com suspeita de HPV - oito entre dez - relatada por ela. Por este motivo estou postando informações sobre este vírus/doença que acomete principalmente nós mulheres, seus malefícios e forma de prevenção. As imagens que mostram o desenvolvimento são desagradáveis por isso não coloquei fotos. Para quem não conhece, pesquise na internet.

O Papilomavirus Humano (HPV) é o nome dado a um grupo que inclui mais de 100 tipos de vírus. A única forma visível da doença provocada por esse microorganismo são verrugas, também conhecidas como "crista de galo", que aparecem nas regiões genitais de homens e mulheres. No entanto, só os tipos mais suaves do HPV desenvolvem tais sintomas. Os que atuam de maneira secreta podem produzir problemas mais sérios e levar ao câncer.

O Brasil é um dos líderes mundiais em incidência de HPV. As vítimas preferenciais são mulheres entre 15 e 25 anos, embora a doença também acometa os homens. Especialistas acreditam que o número menor de registros entre pessoas do sexo masculino tenha como origem a baixa procura dos homens por serviços de urologia, por fatores como o preconceito ou a falta de informação. 
O HPV é transmitido pelo contato genital com a pessoa infectada (incluindo sexo oral) e por via sangüínea, de mãe para filho na hora do parto. Na maioria das vezes, a infecção é transitória e desaparece sem deixar vestígios. Por isso, quando se realiza o diagnóstico, não se consegue saber se a infecção é recente ou antiga. A doença viral pode permanecer sem se manifestar no corpo da pessoa. 
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece exames gratuitos à população para detecção do vírus. Indica-se o exame de Papanicolaou para detectar a doença desde a fase inicial nas mulheres. ”Quando a doença está em fase aguda, ele é capaz de descobrir facilmente a presença do vírus.” Se houver resultados alterados, o ginecologista deve recorrer ao exame de colposcopia para analisar o colo do útero. Esse método se vale de um microscópio com lentes de aumento. 

Alguns tipos de HPV aumentam o risco para câncer genital, principalmente nas mulheres. O exame preventivo tem a capacidade de detectar as lesões que antecedem o câncer, o que facilita o tratamento. Na maioria das pessoas, essas lesões regridem espontaneamente. Em algumas mulheres, porém, a doença pode persistir e progredir. Nesse caso, elas ficam mais vulneráveis ao desenvolvimento de um câncer. "Esse processo costuma levar anos e depende também de outros fatores, principalmente da imunidade de cada um".

Levantamento realizado pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) mostrou que existem cerca de 18 mil novos casos de câncer de útero a cada ano no país. Desse total, estima-se que, apenas em 2005, cinco mil mulheres perderão a vida em função da doença. Outro importante estudo realizado pelo Instituto Ludwig de Pesquisas - um dos centros de excelência no assunto - sobre o câncer de colo de útero indicou que o HPV é o maior precursor desse problema de saúde na população feminina. Segundo as autoridades em saúde, cerca de nove a cada dez casos de câncer de útero têm ligação com a presença do vírus HPV no organismo.

A explicação para tantos casos pode ter como causa o fato de a infecção do HPV se desenvolver de forma silenciosa no corpo humano. "A maioria das pessoas não apresenta nenhum sintoma ao contrair a doença e, por isso, não procura tratamento. Esse comportamento é o grande responsável pela disseminação do vírus", alerta Eduardo Oliveira.

Vale ressaltar que o uso da camisinha diminui a possibilidade de transmissão na relação sexual. "Mas como essa infecção depende apenas do contato com a pele e não necessariamente da penetração, é importante o uso do preservativo desde o início da
relação sexual" relata Eduardo Oliveira ( assessor técnico da unidade de DST do Programa Nacional de DST/AIDS).

 Além do uso da camisinha, a forma mais eficaz de prevenção contra a doença, é a vacina contra o HPV, disponível no país somente em clínicas privadas. Cada dose custa de R$ 240 a R$ 380, dependendo de sua composição.
Como são necessárias três doses para que o organismo fique protegido contra os tipos mais perigosos do vírus HPV (existem mais de cem), a imunização sai acima de R$ 1.000, ou mais de dois salários mínimos.

A rede do Sistema Único de Saúde (SUS) para detecção de HPV é composta por 6.908 postos, localizados em 2.807 municípios brasileiros. Nesses locais, oferecem-se exames gratuitos de prevenção e checagem da doença. Além do HPV, o SUS garante tratamento contra aids, sífilis, gonorréia e outras DST.
Para saber onde fazer o exame visite o site: www.aids.gov.br. Basta clicar em  "diagnóstico", "outras DST", "como saber se tenho"; procure o estado e clique em "pesquisar". O usuário encontrará uma lista com a localização dos postos de saúde especializados no tratamento de DST.
Você também pode ter acesso a informações pelo número do Disque Saúde (0800 61 1997). A ligação é gratuita. 
Informações para a imprensa
Assessoria de Imprensa do Programa Nacional de DST/Aids: (61) 3448-8100.




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